terça-feira, 23 de março de 2010

Estando cada vez mais consciente da realidade e bem comigo mesmo, dirigi-me ao aeroporto de Lisboa afim de comprar um bilhete de avião por sugestão da Daniela Cosme. O destino escolhido teve por base a duração da viagem. Cinquenta minutos separam as duas capitais, Lisboa e Madrid. Dirigi-me ao balcão da TAP e procedi à compra do bilhete. Quando o toquei, senti claramente que seria um acontecimento que jamais iria esquecer.
Por essa altura já tinha ideias de escrever um blog, mas de certa forma não me sentia à vontade para partilhar a ignorância onde estive mergulhado com outras pessoas, uma vez que não estaria a ser inteiramente sincero, nem comigo nem com o leitor. Antes de mais, precisava de sentir e viver a experiência daquilo que mais me causava transtorno e inquietação, andar de avião. A viagem seria feita sozinho e portanto o desafio era enorme!
Durante as sessões de psicoterapia, tinha plena noção que o derradeiro objectivo final seria chegar a um nível de consciência onde comprasse um bilhete de avião e embarcasse para um destino, no fundo, deixasse para trás uma panóplia de condicionalismos de origem mental que me vinham a causar uma não-vivência. Pois bem, tinha chegado a esse ponto, e ali estava eu de bilhete na mão com uma vontade comedida de partir.
Seguiram-se dois meses de psicoterapia e de contemplação do bilhete em cima da secretária de madeira. Umas vezes enchia-me de vontade e coragem e dizia para comigo "já tenho o bilhete, eu vou conseguir!", outras onde pensava "o dia está a chegar!..".
Embora por vezes tivesse dúvidas e receio em relação ao que se iria passar, tinha a certeza que queria fazê-lo, e isso ajudava a dar-me força e determinação. Queria mudar e deixar a sonolência!
Achei importante comprar o bilhete numa companhia aérea que igualmente me transmitisse confiança, pela sua história e sucesso; daí ter escolhido a TAP. Embora isto represente algum apego, não julgo que seja relevante nesta fase, pois toda a energia tem de ser criada no sentido de uma mente criadora de pensamentos positivos e motivadores. O extra de confiança da companhia aérea penso que só ajuda.
Nesse dia, recordo-me ainda de vir a conduzir o carro de volta para casa e de atravessar a ponte Vasco da Gama. Julgo que estava um dia algo nublado, mas seria o tempo o culpado pelas lágrimas? O bilhete sorria no bolso, o céu algo tímido e as minhas emoções uma montanha-russa. O que um bocado de papel foi capaz de me fazer nesse belo dia!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Tenho tido pouco tempo para escrever e até alguma preguiça, mas deixo aqui algumas sugestões de leitura:

Tolle, Eckhart. O poder do agora. Pergaminho, 2001.
link para bertrand.pt 

Tolle, Eckhart. Um novo mundo. Pergaminho, 2006.
link para bertrand.pt

Sharma, Robin. O monge que vendeu o seu ferrari. Pergaminho, 2004.

Para mim os livros de Eckhart Tolle são magníficas obras de crescimento espiritual. Aconselho vivamente a começarem pelo primeiro da lista acima. Pessoalmente, identifiquei-me imenso com a sua escrita e com os problemas descritos, o que contribuiu imenso para o entendimento de certos aspectos e para o processo de superação. É uma bíblia de energia positiva e de bem-estar. É certamente um livro que se deve adquirir e absorvê-lo sempre que necessário. Os livros de Eckhart Tolle são fáceis de encontrar em qualquer livraria, já o de Robin Sharma é um pouco mais difícil.

Outra pessoa bastante conhecida no mundo do crescimento espiritual é Osho. Os livros dele são também muito fáceis de encontrar em qualquer livraria. Tenho de admitir que não me identifiquei tanto com a sua escrita de forma que ainda só tenho um livro. Na realidade os livros não são de sua autoria. Enquanto vivo, Osho dava inúmeras palestras e conferências pelo mundo fora, onde as pessoas gravavam essas mesmas conversas e agora aproveitam-se das gravações para publicarem livros.
Eis o livro que tenho dele:

Osho. Consciência. Pergaminho, 2002.