terça-feira, 29 de setembro de 2009

O meu nome é Ângelo, sou um jovem português de 25 anos e que apesar da tenra idade que conservo, foi a suficiente para, porventura, experimentar a maior mudança na minha forma de pensar e de encarar a vida do quotidiano.
Se me permites, gostaria de agora em diante tratar-te por tu, pois independentemente da tua idade, penso que é usando a segunda pessoa do singular que se consegue chegar ao fundo do coração de cada um. É certo que o distanciamento causado pelo emprego de um "você" não ajuda em nada neste tipo de contexto.
A razão que me levou a pensar escrever um blog (nunca o tinha feito antes) resulta da necessidade de partilhar a minha experiência com pessoas que ainda estejam apegadas ao mesmo distúrbio psicológico de que eu sofria.
O título do blog remete-te para um assunto que infelizmente convive diariamente com milhões de seres humanos: medo, fobias e ansiedade. Infelizmente, tais temas continuam a ser tabu na sociedade altamente capitalista em que vivemos. Considero que cada vez mais as pessoas tendem a viver a vida de uma forma formal, isto é, vivem para trabalhar e para além disso quando não o estão a fazer, continuam num estado de sonolência e não-presença. No fundo, acabam por nunca se conhecerem realmente; o vizinho porventura é mais interessante do que eles próprios! Aceitar os seus próprios defeitos é bem mais difícil do que criticar atitudes ou reacções de outrem. Para além disso, quem sofre de problemas do foro psicológico normalmente é rotulado e visto como alguém "inferior" para pessoas que elas sim são pequenas interiormente (embora não tenham tal consciência)!
Espero do fundo do coração que esta pequena viagem de transformação que aconteceu comigo e que eu falarei em próximos tópicos te ajudem a ultrapassar os teus problemas, estejam eles relacionados com o medo de morrer, medo de espaços fechados, fobia e pânico em andar de avião, medo de estar em sítios isolados, fobia de elevadores, etc. No fundo provém tudo da mesma fonte, ou seja, embora a água do teu riacho corra unicamente encosta abaixo, no final essa água encontrar-se-á sempre no mesmo sítio; por mais riachos que haja, todos eles encontrar-se-ão para formar o rio!
Não hesites em deixar um comentário sempre que achares pertinente. Aqui ninguém julga ninguém; é com base na partilha de amor, sinceridade e compaixão por todos os seres vivos sem excepção que todos evoluímos e progredimos no difícil e tortuoso mar que é o pleno conhecimento do Ser.