terça-feira, 3 de novembro de 2009

Num belo dia destes, ganhei coragem e decidi fazer uma pesquisa na internet sobre psicólogos. Sentei-me na minha cadeira preta de dirigente de clube de futebol e lembrei-me de um programa matinal que o senhor Manuel Luís Goucha apresenta. Tinha presente na memória o nome de um psicólogo que aparecera no programa durante os minutos de um pequeno-almoço, e conclui: "Aquele psicólogo para aparecer na tv é porque deve ser muito conhecido!". Enfim, fiz uma pesquisa pelo nome dele no google e segui para a página do Instituto de Psicologia Aplicada e Formação (IPAF). Lá encontrei uma secção com todos os psicólogos inscritos na referida instituição. Obtive de pronto o email de contacto do referido psicólogo conhecido e enviei-lhe um email. Nunca obtive resposta porque a sua caixa de correio electrónico estava cheia. Assim, voltei novamente à pagina do IPAF e desta vez tive o cuidado de verificar que eram muitos os nomes, e que visto não conhecer ninguém daquele meio, a escolha de um nome para contactar teria de ser mais ou menos à sorte. Decidi que teria de ser uma pessoa do sexo feminino, pois talvez fosse mais fácil expor o meu problema. É certo que o psicólogo conhecido é efectivamente um homem, mas algo me empurrava para um nome feminino. Foi assim que, ao passar a lista, encontrei o nome da pessoa que me tem vindo a ajudar imenso neste processo de superação e auto-conhecimento: Daniela Cosme. O apelido ressaltou-me nos olhos e decidi estabelecer o primeiro contacto via-email.
Percebo agora e só agora, a imensidão da tristeza e angústia em que "vivia". O conteúdo do email demonstrava claramente isso:


"Sou um jovem de 25 anos e há sensivelmente um ano começei a sentir bastante ansiedade que eu penso estar ligada com fobias a sítios altos, nomeadamente, pontes e viajar de avião. Sou uma pessoa com uma vida bastante activa e "stressante", e o aparecimento de tais sintomas coincidiram com o final de curso da universidade e com uma viagem atribulada de avião. Não sei se existe necessariamente uma relação causal, mas penso que não deixa de ser relevante dizer. A verdade é que não me sinto nada confortável em voltar a andar de avião e quase diariamente dou por mim com aperto no peito, palpitações, algumas tonturas sempre que passo na ponte 25 de Abril ou penso em andar de avião. Também tenho consciência que por motivos profissionais, mais tarde ou mais cedo, terei de viajar para o estrangeiro, mas anseio por esse dia." 

Curiosamente, a resposta não chegou... Decidi então não fazer outra busca no site do IPAF, mas sim tentar encontrar uma possível página pessoal da Daniela. Havia algo dentro de mim que claramente disse para não desistir. Dei então por mim a ler a sua resposta, mas de um outro endereço de correio electrónico. Combinámos hora e local; e tudo começou...

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